Veículos de comunicação dos EUA, da Europa e da América Latina alertam sobre decreto assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, publicado no Diário Oficial da União nesta ter (15), que libera a posse de armas no Brasil.

O jornal americano New York Times escreveu que as leis foram afrouxadas na "capital mundial do assassinato". O britânico The Guardian afirmou, com base em um estudo da ONG Sou da Paz, que o volume de registro de novas armas no Brasil aumentou de 3.900 para 33 mil em dez anos.

Na avaliação do Wall Street Journal, Bolsonaro, um “violento capitão da reserva que ainda se recupera de um atentado a faca quase fatal”, enfrentará uma corrida contra o tempo para atender a duas promessas em duas áreas primordiais: economia e segurança pública, além de outros assuntos espinhosos como a reforma da Previdência, segundo analistas políticos ouvidos pelo WSJ. O jornal também lembra que desde outubro o político tem adotado um tom mais moderado, declarando respeito a constituição, que “é a estrela guia da democracia”.

Na mesma linha, o Financial Times lembrou que 61% dos entrevistados pelo Datafolha em dezembro no país afirmaram ser contra a liberação da posse de armas de fogo.
 
A rede de de notícias britânica Sky News destaca a posse de Bolsonaro, que é descrito como líder nacionalista de extrema direita, um “Trump dos Trópicos”.
 
A ascensão do capitão da reserva, acrescenta a agência de notícias, “foi marcada por uma retórica polarizadora e declarações depreciativas sobre mulheres, gays e minorias étnicas”. Uma foto do presidente recém empossado ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ilustra a matéria e ocupa espaço de destaque na página da editoria Mundo da Sky News.
 

Na América Latina, os jornais argentinos La Nación e Clarín foram opinaram sobre a medida. “O texto (...) estende o prazo de validade do registro de armas de 5 para 10 anos e cria pré-requisitos objetivos que precisam ser apresentados a um delegado da Polícia Federal para autorização da posse."

Portal CTB - Com informações das agências