O Banco do Nordeste tem novo presidente. Funcionário de carreira da instituição financeira, Alexandre Borges Cabral assumiu o cargo no lugar de Romildo Rolim, de acordo com especialistas, para Bolsonaro se aproximar do Centrão e ter mais apoio no Congresso Nacional, já que foi indicado pelo Partido Liberal, sigla liderada pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão.

A importância do BNB é indescritível para o desenvolvimento da região, principalmente pela forte presença junto a empresas, produtores rurais e pequenos empreendedores do Nordeste, única região onde o presidente, que já deu várias declarações preconceituosas contra os nordestinos, perdeu as eleições de 2018. Por isto, é apontado como ativo político valioso.

Além disso, o banco financia infraestrutura, incluindo expansão de aeroportos em capitais nordestinas concedidos à iniciativa privada. Somente em 2019, o BNB foi responsável por R$ 42,16 bilhões em mais de 5,3 milhões de operações, o que representa 74,4% do total desembolsado pelo (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no ano passado.

Na semana passada, Bolsonaro negou que para obter apoio político existia qualquer tratativa para entrega de ministérios, bancos públicos ou empresas estatais. "Em nenhum momento nós oferecemos ou eles pediram ministérios, estatais ou bancos oficiais".

Parece que o governo não conseguiu esconder por muito tempo as negociações e, mesmo com a mudança, feita somente para agradar ao Centrão, dificilmente vai conseguir atrair eleitores da região diante de uma política tão raivosa e desastrosa para o país.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia