As centrais sindicais (CTB, UGT, Nova Central, Força Sindical, CUT e CSB) se reuniram nesta segunda-feira (25/9), em São Paulo, para definir ações para barrar as reformas que estão sendo impostas pelo governo Michel Temer.

"A CTB entende que o momento cobra uma atuação concreta, conectada com as bases e sem perder de vista a luta Institucional. O momento cobra luta e resistência para defender os direitos e denunciar a agenda regressiva que Temer tem implementado desde maio de 2016", afirmou Adilson Araújo, presidente da CTB.

Dentre as ações definidas pelos dirigentes estão a defesa de empresas nacionais estratégicas, que estão ameaçadas com a possibilidade de privatização, como Eletrobras e Petrobras.

No dia 3 de outubro, no Rio de Janeiro, haverá um ato em frente à sede da Eletrobras, às 11h, e em seguida uma passeata até a Petrobras. Em todas as cidades onde haja uma representação dessas empresas, haverá manifestações contrárias à privatização. O objetivo e chamar a atenção da sociedade para o desmonte do Estado brasileiro, o que não é a primeira vez que acontece. “Eles tentam passar a ideia de que o que é público é ruim e corrupto, e o que é bom é de fato ter a iniciativa privada à frente de todo o processo econômico”, afirmou José Maria Rangel, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Segundo o dirigente, o período de maior turbulência econômica mundial das últimas décadas demonstrou a importância do Estado nas economias nacionais, particularmente a brasileira. “É importante lembrar que, durante a grande crise do capital em 2008, quando todo mundo sofreu duramente com o desemprego e taxas de inflação, nós brasileiros não sofremos tanto esse impacto, porque as empresas públicas, do Estado, entraram fortemente, financiando a geração de empregos.”

As principais empresas responsáveis pela atuação anticíclica do Estado brasileiro durante a crise mundial foram Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, a própria Petrobras e a Eletrobras. “Isso é uma demonstração da importância do Estado tem para o desenvolvimento de uma nação.”

Fonte: CTB e Agência Sindical