A negociação permanente na Caixa começa no dia 1º de fevereiro. Esta é data primeira reunião do ano entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção do banco. Na pauta, assuntos como o leilão da Lotex, remarcado para o dia 5 de fevereiro, fechamentos de agências, verticalização, Saúde Caixa, Descomissionamento via GDP, dentre outros.

No encontro, que acontece em Brasília, a CEE vai reforçar ainda a defesa da manutenção da Caixa 100% pública e cobrar detalhes sobre a convocação de concursados aprovados no concurso público de 2014, anunciada na semana passada pela direção da empresa.

Esta é uma reivindicação antiga dos trabalhadores do banco, que têm denunciado nos últimos anos a redução significativa do quadro de pessoal, acarretando o adoecimento dos empregados e comprometendo a qualidade do atendimento à população.

A não convocação dos aprovados no concurso público realizado pela Caixa em 2014 é alvo de Ação Civil Pública ingressada pelo Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e em Tocantins. No dia 6 e outubro de 2016, veio a vitória em primeira instância. Na decisão, a juíza Natália Queiroz, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, postergou a validade do certame até o trânsito em julgado da ação.

Em 2014, a Caixa contava com pouco mais de 101 mil empregados. No Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2014/2015, a direção do banco se comprometeu a realizar mais 2 mil contratações, o que elevaria o total para além dos 103 mil. De lá para cá, porém, mais de 16 mil deixaram a empresa, principalmente por meio dos planos de desligamentos. Não se sabe ao certo quantas contratações foram feitas, mas dos mais de 30 mil aprovados no último concurso público, menos de 10% foram convocados.

Fonte: FEEB BA/SE