A proposta apresentada pela Federação dos Bancos (Fenaban) nesta quinta-feira (20/8) é um insulto. Na negociação com o Comando Nacional dos Bancários, os patrões insistiram na retirada de direitos da categoria, propondo acabar com a 13° cesta alimentação, diminuir em 5% a gratificação de função e descontar o vale alimentação e vale refeição em caso de imposto da Receita Federal.

Os bancos ameaçaram acabar também com a gratificação semestral, além de mudar a forma de cálculo da participação nos lucros e resultados (PLR), o que poderia reduzir em até 48% o valor recebido pelos bancários.

Não há motivos para retirada de direitos. Mesmo durante a pandemia, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander lucraram juntos R$ 24,3 bilhões no primeiro trimestre do ano. A categoria não vai aceitar a retirada de direitos.

Para o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermeilino Neto, os bancos são os principais responsáveis pelas reformas que estão prejudicando os trabalhadores. “Agora querem retirar direitos da categoria e mesmo no momento de pandemia, tratam com descaso e desrespeito os funcionários”, destacou.

Uma nova reunião foi agendada para esta sexta-feira (21/8), a partir das 11h.