A Caixa teve um papel fundamental no aumento da bancarização do país nos últimos meses. Isso porque, em função da pandemia, medidas como o auxílio emergencial e o saque emergencial dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) fizeram com que muitos brasileiros passassem a ter acesso a uma conta bancária pela primeira vez, principalmente, por meio da Caixa.

Para se ter uma ideia do que representa esse aumento, em 2019 eram 164,6 milhões os brasileiros que tiveram relacionamento bancário ativo, este número já chega a 177 milhões em 2020- um acréscimo de quase 13 milhões.

Destes 13 milhões de pessoas, a maior parte ou 11,8 milhões iniciaram um relacionamento bancário no país no período entre março e outubro. Somente em relação ao auxílio emergencial, foram creditados no total R$ 256 bilhões nas contas de 67,8 milhões de brasileiros.

Papel social

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, a Caixa Econômica Federal “está mostrando mais uma vez ao País a importância de ter uma empresa pública forte e voltada para o desenvolvimento social e econômico dos brasileiros”.

“Por trás dos volumosos números estão milhares de empregados da empresa que têm se esforçado nos últimos meses para assegurar o pagamento do benefício, que está amenizando os impactos econômicos da pandemia do coronavírus na parcela mais vulnerável da sociedade”, destacou o dirigente da entidade.

Takemoto lembrou que a diante da omissão do governo e dos bancos privados, a Caixa assumiu, sozinha, essa função e realizou o pagamento do auxílio emergencial. Além disso, o banco público “manteve, de pé, os outros programas que ajudam a população a enfrentar a crise”, acrescentou ele.

“Sanha privatista”

O presidente da Fenae ressaltou considerar um absurdo o fato de, apesar disso, o governo manter “a sanha de privatizar o banco, enfraquecendo seu papel social e comprometendo os investimentos públicos em desenvolvimento no Brasil”.

“Com a privatização a empresa deixa de ter o interesse social e da população e passa a trabalhar única e exclusivamente para os interesses dos acionistas, ou seja, o lucro a qualquer custo, sem se preocupar com o social”, frisou Sergio Takemoto, alertando para os riscos que a população terá caso essa venda siga adiante.

De acordo com o dirigente da Fenae, “situações inusitadas como a pandemia mostraram a importância de uma estatal como a Caixa Econômica para o Brasil”.

Fonte: FENAE