Em assembleias virtuais realizadas nesta sexta-feira (5/2), funcionários do Banco do Brasil em todo o país aprovaram o Estado de Greve e uma paralisação de 24 horas na próxima quarta-feira (10/2), contra o plano de reestruturação definido pela direção da empresa, que prevê fechamento de centenas de agências e demissão de 5 mil bancários.

Na Bahia e Sergipe, a paralisação foi aprovada nas bases dos sindicatos de Irecê (97,22%), Jacobina (87,21%), Juazeiro (100%), Jequié (100%); Feira de Santana (94,12%), Sergipe (81,4%), Itabuna (80%), Vitória da Conquista (93,6%), Bahia (92,86%), Camaçari (100%), Ilhéus (100%) e Extremo Sul da Bahia (82%).

Desde o anuncio da reestruturação em 11 de janeiro, os funcionários têm se mobilizado para barrar as mudanças que prejudicam bancários e clientes. Os trabalhadores realizaram manifestações e protestos nas agências, além de uma paralisação no dia 29 de janeiro, que teve forte aesaão nos quatro cantos do país.

O Banco do Brasil tem papel estratégico para o desenvolvimento do país, é o banco da agricultura, da pecuária e do fomento à economia, principalmente nas cidades pequenas, onde os bancos privados não chegam.

O fechamento de agências vai prejudicar o comércio destas cidades e obrigar a população a se deslocar para muito longe para ter atendimento bancário. As demissões vai impactar também os trabalhadores que ficam na empresa, que sofrerão com a sobrecarga de trabalho.

O Estado de Greve é um alerta para que a direção do banco e o governo se atente para as reivindicações dos trabalhadores e abram negociação para que se evite a deflagração da greve.

Pressão

Os funcionários estão pressionando o banco para que o mesmo seja transparente e abra negociações com relação ao plano que prevê a demissão de 5 mil funcionários (em plena pandemia), além do fechamento de 112 agências, 242 postos de atendimento e 7 escritórios.

Na quarta-feira (3), os funcionários realizaram reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para pedir intervenção do órgão na busca de informações. “Procuramos a intermediação do MPT porque a direção do banco, pela primeira vez, se recusou a nos informar sobre mudanças que afetam os funcionários de forma contundente”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

O banco se comprometeu na reunião, a submeter a pauta com os pontos destacados pelos representantes da categoria bancária à instância superior e trazer a resposta até a próxima audiência com o MPT, na segunda-feira (8).

Informes da FEEB BA/SE com CONTRAF