O Comando Nacional do Bancários se reuniu com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), por videoconferência, para tratar sobre as atividades da categoria nos estabelecimentos bancários e as medidas a serem tomadas diante da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19).

O Comando expôs sua preocupação com os bancários, principalmente pelo fato das agências bancárias permanecerem lotadas e o coronavírus cada vez mais se proliferando. Além disso, denunciou várias situações de risco dentro das agências. Para isso, o Comando propôs algumas medidas, entre elas o fechamento das agências bancárias e demais unidades para atendimento ao público e agendamento para casos de atendimento presencial em caso de extrema necessidade.

Entretanto, a Fenaban novamente se mostrou intransigente a algumas propostas, sem mostrar preocupação com a saúde do bancário e a população, se comprometendo apenas a intensificar o home office.

“Esperávamos ouvir da representação dos banqueiros algo que pudesse tranquilizar a categoria bancária, entretanto o que vimos foi algumas ameaças. Os banqueiros ainda não se sensibilizaram em relação aos riscos dos bancários, vigilantes, clientes e dos trabalhadores de serviços gerais", afirmou o presidente da Feebbase, Hermelino Neto.

Além disso, não aceitaram a ultratividade, ou seja, se o Acordo Coletivo não for fechado até 31 de agosto, as conquistas do movimento sindical estarão ameaçadas. "A Federação e os sindicatos estão dialogando com prefeitos e governadores, tento solucionar o problema ”, completou o presidente da Federação.

O Comando participa nesta tarde de outra reunião para que a Fenaban apresente resposta aos questionamentos do Comando.

As propostas feitas pelo Comando foram:

1. Fechamento das agências bancárias e demais unidades;

2. Fechar agências das agências em hospitais e aeroportos, devido ao risco;

3. Suspensão das metas;

4. Manter atendimento não presencial das atividades consideradas essenciais pelo decreto 10.282/2020; Que estabelece em seu artigo 3º § 1º inciso XX que são atividades essenciais no setor financeiro: “compensação bancária, redes de cartões de crédito e débito, caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais de instituições financeiras”.

5. Agendamento para casos de atendimento presencial em caso de extrema necessidade;

6. Redução da jornada para os que tiverem que ir ao local de trabalho;

7. Garantia de deslocamento seguro para os que tiverem que fazer o atendimento não presencial de alimentação e processamento do auto atendimento;

8. Suspensão das demissões;

9. Home office para todos os bancários e bancárias, com exceção de quem terá que ir às agências para dar suporte ao funcionamento dos caixas eletrônicos. Devendo haver escala de revezamento. Não podendo ser incluído no mesmo os funcionários que estão nos grupos de risco; que não tem com quem deixar os filhos menores e àqueles que co-habitem com pessoas enquadradas no grupo de risco, ex dos pais idosos;

10. Garantia da ultratividade dos Acordos e Convenções Coletivas até 31/01/2021;

11. A MP 927 não será adotada sem negociação coletiva com o Comando;

12. Suspensão dos descomissionamentos;

13. Antecipação do Vale Alimentação;

14. Que os bancos façam campanha na mídia orientando os clientes sobre o uso dos meios digitais; caixas eletrônicos e os riscos da contaminação do CORONAVÍRUS;

15. Disponibilizar máscara, luvas e álcoolgel para os que irão realizar essas atividades essenciais;

16. Suspensão dos vencimentos dos boletos por sessenta dias;

17. Isenção de tarifas (clientes com renda até dois salários mínimos) de três transferências eletrônicas mês (TED E DOC) para diminuir a contaminação pelo uso de cédulas;

Fonte: FEEB BA/SE