Os empregados da Caixa têm razão em reclamar dos desmonte progressivo do banco. Segundo noticiado pelo O Globo na quarta-feira (27), o governo de Michel Temer está empenhado em abrir o capital da Caixa Econômica Federal. Entre as medidas para tornar o banco atrativo, o que significa na prática agradar possíveis investidores privados, estão limitar as despesas com pessoal, reduzir ainda mais a concessão de crédito, inclusive para a realização do sonho da casa própria, e rever a atuação como executor de políticas públicas.

A informação veio justamente um dia após a Caixa divulgar o balanço do segundo trimestre. De acordo com os dados, o lucro líquido foi de R$ 4,1 bilhões de janeiro a junho, o melhor resultado semestral da série histórica do banco. A carteira de crédito alcançou saldo de R$ 715,9 bilhões em junho, com participação de 22,8% no mercado. A carteira imobiliária totalizou R$ 421,4 bilhões, com ganho de 1,3 p.p. de participação no mercado, mantendo a liderança com 68,1%.

Para os representantes dos empregados isto é um absurdo, pois está no DNA da Caixa a execução de políticas em favor dos brasileiros, sobretudo dos mais necessitados. Isso só é possível porque o banco é 100% público. Instituições privadas não terão qualquer preocupação com papel social.

Atentos à questão, os sindicatos filiados à Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe estão realizando manifestações nas agências da Caixa, Banco do Brasil e BNB para mostrar à população a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento social do país.

Há também uma mobilização para envolver outros setores da sociedade na discussão, através da realização de audiências públicas em Aracaju (SE), no dia 6, em Salvador, no dia 9, e em Juazeiro, no dia 10 de outubro, para debater o tema.

No caso da Caixa, a Feebbase participará também do lançamento da campanha ‘Defenda a Caixa Você Também’, que acontecerá no dia 3 de outubro.

Com informações da Fenae