Bancários Bahia


O Itaú, gigante do setor financeiro no país, registrou lucro líquido de R$ 9,77 bilhões nos primeiros três meses de 2024. Um feito positivo para os acionistas, mas para os milhares de bancários demitidos e as comunidades afetadas pelo fechamento de agências, é uma narrativa desastrosa. Os executivos do maior banco privado do país comemoram os generosos bônus à custa dos funcionários.


No ano passado, 3.292 empregados foram descartados pelo Itaú. Tratados como peças de um insensível maquinário em uma corrida pelo lucro. Simultaneamente, 180 agências foram fechadas, prejudicando também os clientes que ficaram sem acesso aos serviços financeiros. 


Metas inatingíveis e o clima tóxico dentro do setor financeiro são as principais queixas. A justificativa do banco para o fechamento das agências é por uma questão de “eficiência”. Inadmissível. 

A empresa precisa reconhecer que os lucros astronômicos não podem vir à custa da dignidade e do bem-estar dos bancários. Passou da hora de o Itaú ter responsabilidade diante das políticas gananciosas, que só prejudicam trabalhadores e sociedade. Lucrar não pode significar desumanizar.