O grupo de trabalho (GT) sobre o Saúde Caixa se reuniu na última quinta-feira (7/8), para dar seguimento aos debates para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho sobre o plano de saúde dos empregados da Caixa. No encontro, o banco apresentou os dados referentes às receitas e despesas do plano.
Os números apontam um déficit de R$ 346,3 milhões no primeiro semestre de 2025, com projeção de aumentar para entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões até o final do ano. Mantidas as condições atuais, as projeções para 2026 é de outro déficit de R$ 700 milhões a R$ 900 milhões em 2026.
Se esse déficit fosse repassado para os associados, as mensalidades aumentariam significativamente, o que inviabilizaria a permanência de muitos trabalhadores no Saúde Caixa. Por isso, os representantes dos bancários reafirmam a importância da empresa acabar com o teto de 6,5% para investimento na saúde dos empregados. Esta é a única opção para retomar o equilíbrio financeiro plano, que é uma conquista da luta dos empregados da Caixa.
Para a representação do pessoal da Caixa, qualquer discussão no formato de custeio, que não passe pelo aumento da participação da Caixa, é uma temeridade, pois há ensaios que apontam reajustes que podem chegar a até 300% em certos casos, caso seja adotada a cobrança por faixa etária. Essa foi uma proposta do banco, mas que não é vantajosa para os trabalhadoras, pois quebraria o pacto intergeracional e da solidariedade, princípios básicos do Saúde Caixa.
A consultoria atuarial contrata pela representação dos empregados já havia solicitado informações adicionais para ampliar a análise e realizar projeções mais assertivas. Foi agendada uma reunião para terça-feira (12/8) entre as equipes técnicas da Caixa e dos empregados para tratar do assunto.
Só depois o GT voltará a se reunir para continuar a discutir opções para o ACT do Saúde Caixa.
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