O Itaú demitiu cerca de mil funcionários do Centro Tecnológico (CT), CEIC e Faria Lima, em São Paulo, que trabalhavam em regime híbrido ou integralmente remoto, nesta segunda-feira (8/9). O banco informou que as dispensas foram motivas por divergências entre a marcação de ponto e a atividade registrada nas plataformas de trabalho durante o regime de home office.
A medida pegou a todos de surpresa, uma vez que os bancários foram demitidos sem nenhuma advertência prévia sobre a suposta inatividade durante a jornada e sem o direito de defesa antes da dispensa. O banco também não abriu diálogo com os trabalhadores, nem com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, para tentar uma solução para os problemas apresentados.
Diante da situação, a coordenação da Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reuniu com o Itaú, na manhã desta terça-feira (9), para pedir a revisão das demissões. O banco aceitou avaliar apenas as demissões de pessoas adoecidas.
“Como se não bastasse os prejuízos que o Itaú vem causando aos funcionários e à população com o fechamento acelerado de agências, agora fomos surpreendidos com demissões em massa, sem diálogo prévio com o movimento sindical, um completo desrespeito! De igual forma, muitos trabalhadores foram dispensados sob a alegação de baixa produtividade, sem sequer terem sido advertidos ou ouvidos previamente. Trata-se de uma postura arbitrária que fere a dignidade e os direitos dos trabalhadores”, destacou Luciana Dória, diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e integrante da COE Itaú.
A postura do Itaú foi desumana e mostra o desrespeito do banco com os bancários, que são os principais responsáveis pelos lucros bilionários conquistados todos os anos. O movimento sindical continua cobrando explicações mais precisas sobre a demissões e prestará assistência aos funcionários demitidos.
FEEB BA