A Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reúne hoje (15/9), para cobrar explicações sobre a demissão de mais de 1.000 funcionários, que trabalhavam em regime híbrido ou integralmente remoto, por suposta inatividade durante a jornada. As dispensas ocorreram no dia 8 de setembro e pegou a todos de surpresa, pois os bancários foram demitidos sem nenhuma advertência prévia sobre as questões alegadas pelo banco.
Como a maioria dos demitidos foram de sua base, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizou uma grande plenária na última quinta-feira (11), para discutir o tema. A atividade contou com a participação de quase 400 trabalhadores dispensados pelo Itaú.
Durante a plenária, a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, se solidarizou com os bancários demitidos e colocou toda a área jurídica e de saúde do Sindicato à disposição dos trabalhadores. Foram relatadas as medidas adotadas até o momento, como reuniões com o banco, denúncias na imprensa e protestos, nas ruas e redes, contra a demissão em massa. Além disso, foram anunciadas as próximas ações do Sindicato em relação ao caso. Entre elas, o ingresso de uma ação judicial coletiva contra a demissão em massa e uma ação por danos morais.
Solidariedade
A Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe manifestou sua solidariedade aos funcionários demitidos pelo Itaú. “A indignação do movimento sindical em todo o Brasil é grande diante dessa demissão em massa sem nenhum diálogo prévio com as entidades. Estamos solidários à situação ocorrida em São Paulo e comprometidos em buscarmos as melhores soluções para amenizar os danos causados a esses trabalhadores. A plenária realizada ontem, já aponta para uma possível ação coletiva de cancelamento das demissões e de reparação de danos morais, sobretudo pela forma desrespeitosa com que o Itaú expôs publicamente a imagem desses trabalhadores, muitos estão revoltados e dizem que a justificativa apresentada pelo banco é improcedente. É imprescindível que o banco reveja essa conduta e seja mais transparente com os envolvidos”, ressaltou a diretora Luciana Dória, que integra a COE Itaú.
FEEB BA