Diante do cenário de crise financeira, uma pesquisa do Dieese comprova algumas máximas sindicais e alerta para sérios riscos de propostas do governo Temer. A mais nova versão do já tradicional balanço das negociações salariais do primeiro semestre tiveram resultados nada positivos.
Um dos gráficos mostra que o resultado das negociações é o pior desde 2003, o que indica que o corte de investimentos e restrição fiscal sufocam a economia e comprovam que o Estado tem de desempenhar o papel de indutor do desenvolvimento.
Um outro dado que chama a atenção, é que o único setor de atividade em que todas as negociações salariais ficaram abaixo da inflação, é o de processamento de dados, onde predomina a terceirização e é constituído de muitas empresas pequenas.
Segundo estudos do Dieese, os trabalhadores terceirizados têm salários, em média, 27% inferiores aos trabalhadores diretos. Sendo que uma grande parte do atual Congresso Nacional e o Temer, querem a terceirização sem limites.
O balanço apresentado, também mostra que a negociação por categoria – a chamada convenção coletiva – obtém salários melhores que as negociações diretas com empresas – os chamados acordos coletivos.
O Dieese analisou 304 campanhas salariais. No primeiro semestre de 2016, apenas 24% obtiveram aumentos acima da inflação, 37% empataram com a inflação e 39% perderam para a inflação do período anterior. Na média de todas as campanhas, o índice ficou 0,50% abaixo da inflação medida pelo INPC-IBGE.
Fonte: FEEB/BA-SE