Itaú, Bradesco e Santander enviam comunicado aos bancários defendendo proposta de reajuste vergonhosa para um setor que lucra tanto. Não se deixe manipular, informe-se com o Sindicato

Itaú, Bradesco e Santander enviaram comunicados a seus funcionários tentando defender o indefensável: os 6,5% de reajuste oferecido pela Fenaban (federação dos bancos), que não cobrem nem a inflação de 9,57% (INPC entre setembro de 2015 a agosto de 2016).

“O que estamos vendo aqui é a vil tentativa de confundir os trabalhadores. Só esqueceram de um detalhe: os bancários não são idiotas! Sabemos da alta lucratividade e o que significa essa tentativa de ressuscitar a nefasta política do abono. Vamos responder com forte mobilização e uma grande greve", destaca Carlos Alberto Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários de Irecê e Região.

Os bancários devem acompanhar as notícias através dos órgãos de imprensa do Sindicato. Através do site, Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp.

Bradesco – O Bradesco afirmou em nota que os 6,5% de reajuste é superior à inflação projetada para os próximos 12 meses. “A afirmação é enganosa: os trabalhadores não negociam baseados no futuro, mas sim no que perderam nos 12 meses anteriores”, observa a diretora executiva do Sindicato e funcionária do Bradesco Neiva Ribeiro. “Tanto que reivindicam reajuste de 14,78% [reposição da inflação, mais 5% de aumento real]”, lembra.

Itaú – A nota do Itaú fala em transparência para, em seguida, tentar confundir os bancários ao somar o abono oferecido pela Fenaban, de R$ 3 mil, com o reajuste proposto pelos bancos. “Abono é dado uma única vez. Não é incorporado ao salário e não incide sobre férias, 13º, VA, VR... Então não dá pra somar abono e reajuste e dizer que isso cobre a inflação”, explica Marta Soares, que é funcionária do Itaú.

Santander – “O presidente do Santander deu mais uma bola fora”, declara a diretora executiva do Sindicato e funcionária do banco espanhol Maria Rosani, referindo-se à carta que Sérgio Rial enviou aos funcionários. “Ele tenta convencer os bancários de que devem aceitar essa proposta rebaixada porque o Santander está sofrendo as consequências da crise, quando sabemos que o banco apresenta sucessivos lucros. Não há crise para o Santander e não há crise para o setor bancário.”

Da Redação com SEEB/SP