A greve dos bancários chega ao 28º dia nesta segunda-feira (03/10),  e a culpa é dos bancos que, mesmo com lucros bilionários – quase R$ 30 bi no primeiro semestre –, emperram a negociação com proposta de reajuste para salários, pisos, vales e auxílios que não cobre nem a inflação. Também não melhoraram a PLR, nem apresentaram nada para reivindicações de garantia de emprego, de igualdade de oportunidades, de combate ao assédio moral e às metas abusivas que tanto adoecem os trabalhadores do setor financeiro.

Na Bahia e Sergipe, o movimento segue forte com paralisação de 1.155 locais de trabalho nas 13 bases sindicais dos dois estados. Na base do Sindicato dos Bancários de Irecê e Região, as 44 unidades bancárias permanecem paralisadas.

Na última negociação, na quarta-feira 28, a FENABAN manteve os 7% de reajuste para este ano, mais abono de R$ 3.500, e 0,5% de aumento real para 2017. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta na mesa.

“A questão agora não é mais sobre se os bancos podem ou não atender às reivindicações da categoria. Eles não querem. Trata-se da decisão de que tem que ser um reajuste abaixo da inflação e pronto”, afirmou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, ressaltando que só a mobilização da categoria será capaz de mudar a situação.

A orientação do Comando Nacional dos Bancários é de que os sindicatos ampliem o número de agências fechadas e realizem atividades para informar a população sobre a postura intransigente dos bancos. “Temos que tomar as ruas e mostrar aos clientes que a culpa pela manutenção das agências fechadas é dos bancos, que mesmo com lucros bilionários se recusam a dar um reajuste digno a seus funcionários”, completou Emanoel.

Fonte: FEEB BA/SE com SP Bancários