Cerca de 150 mil trabalhadores dos quatro cantos do Brasil participaram de uma grande marcha em Brasília na tarde desta quarta-feira (24/5). O protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista foi reprimido pela Polícia Militar do Distrito Federal , com uso de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo . A marcha seguia pacífica e se encaminhava ao Congresso Nacional, quando foi atacada.
A ação da tropa de choque deixou feridos e militantes também foram presos. Ainda não há boletim oficial divulgado sobre o número de feridos. O presidente ilegítimo Michel Temer, através do ministro da Defesa Raul Jungmann, convocou o exército para tomar as ruas da capital federal. Dirigentes das centrais de trabalhadores condenaram as agressões.
Os bancários da Bahia, Itabuna, Vitória da Conquista e Sergipe participaram do protesto na capital Federal. “Apesar de a repressão policial impedir que a maioria dos manifestantes chegassem em frente ao Congresso, o Ocupa Brasília demonstrou a força dos trabalhadores. Caso o governo não recue das reformas, o próximo passo é retomar a greve geral”, afirmou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que participou da marcha em Brasília
Greve geral
Para Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o uso da força é um ato de desespero de um governo que vê a cada dia mais inviável a sua permanência na presidência. “Tenta resistir à base da força reprimindo uma manifestação pacífica que superou as expectativas e ganhou as ruas de Brasília cobrando uma saída e com um corte bem marcante em defesa das eleições diretas”.
O presidente da CTB espera que a próxima reunião das centrais sinalize para a definição de uma nova greve geral com ampla participação e com uma bandeira alternativa para o país. “Penso que a marcha deu mais peso para as eleições diretas no movimento das centrais sindicais”, analisou Adilson.
“Saídas combinadas apenas pela elite brasileira, no andar de cima, sem a participação efetiva dos trabalhadores, não funcionam e são inaceitáveis”, afirmou nota divulgada nesta tarde pela Força Sindical.
Na opinião da entidade, “O País precisa de uma saída constitucional e pactuada para superar este momento de profunda crise”. Ainda de acordo com a nota, a central defende que “O diálogo nacional, para ser efetivo, tem de incluir os trabalhadores”.
Com informações do Portal Vermelho.