Enfraquecido e sem legitimidade, o governo usou todas as suas armas. Com uma rejeição recorde e atolado em denúncias de corrupção, Temer quer utilizar o resultado da votação para demonstrar ao mercado financeiro e ao PSDB, seu principal fiador, que ainda tem condições de governabilidade.

Para que o texto não voltasse à Câmara, Temer disse a base governista que iria alterar os trechos controversos do projeto por meio de veto ou medidas provisórias. Os parlamentares da oposição argumentaram que Temer retirou do Senado o seu papel de casa revisora, limitando-se apenas a homologar.

“Hoje foi um dia difícil para todos nós. Tentei ajudar na melhor das soluções. Mas, neste momento, eu estou triste de estar aqui, na tribuna; de ver que, na hora em que temos o pior governo da história do Brasil, o mais impopular, com a proposta mais impopular, que divide o país, o Senado Federal resolve assumir um papel do lado errado da história de se omitir e não aceita fazer uma única modificação num projeto de lei que tem mais de mil incisos”, disse Jorge Viana (PT-AC).

O projeto aprovado fere de morte direitos consagrados dos trabalhadores. A coluna vertebral do projeto é a prevalência do negociado pelo legislado, que impõe o parcelamento das férias, flexibilização da jornada e acaba com FGTS, salário mínimo, 13º salário, seguro-desemprego, benefícios previdenciários, licença-maternidade.

SIM

Aécio Neves (PSDB)

Airton Sandoval (PMDB)

Ana Amélia (PP)

Antonio Anastasia (PSDB)

Armando Monteiro (PTB)

Ataídes Oliveira (PSDB)

Bendito de Lira (PP)

Cássio Cunha Lima (PSDB)

Cidinho Santos (PR)

Ciro Nogueira (PP)

Cristovam Buarque (PP)

Dalírio Baber (PSDB)

Dário Berger (PMDB)

Davi Alcolumbre (DEM)

Edison Lobão (PMDB)

Eduardo Lopes (PRB)

Elmano Férrer (PMDB)

Fernando Coêlho (PSB)

Flexa Ribeiro (PSDB)

Garibaldi Alves Filho (PMDB)

Gladson Cameli (PP)

Ivo Cassol (PP)

Jader Barbalho (PMDB)

João Alberto Souza (PMDB)

José Agripino (DEM)

José Maranhão (PMDB)

José Medeiros (PSD)

José Serra (PSDB)

Lasier Martins (PSD)

Magno Malta (PR)

Marta Suplicy (PMDB)

Omar Aziz (PSD)

Paulo Bauer (PSDB)

Pedro Chaves (PSC)

Raimundo Lira (PMDB)

Ricardo Ferraço (PSDB)

Roberto Muniz (PP)

Roberto Rocha (PSB)

Romero Jucá (PMDB)

Ronaldo Caiado (DEM)

Rose de Freitas (PMDB)

Sérgio Petecão (PSD)

Simone Tebet (PMDB)

Tasso Jereissati (PSDB)

Valdir Raupp (PMDB)

Vicentinho Alves ( PR)

Waldemar Moka (PMDB)

Wellington Fagundes (PR)

Wilder Morais (PP)

Zezé Perrella (PMDB)

NÃO

Álvaro Dias (Podemos)

Ângela Portela (PDT)

Antonio Carlos Valadares (PSB)

Eduardo Amorim (PSDB)

Eduardo Braga (PMDB)

Fátima Bezerra (PT)

Fernando Collor (PTC)

Gleisi Hoffman (PT)

Humberto Costa (PT)

João Capiberibe (PSB)

Jorge Viana (PT)

José Pimentel (PT)

Kátia Abreu (PMDB)

Lídice da Mata (PSB)

Lindbergh Farias (PT)

Otto Alencar (PSD)

Paulo Paim (PT)

Paulo Rocha (PT)

Randolfe Rodrigues (Rede)

Regina Souza (PT)

Regufe

Renan Calheiros (PMDB)

Roberto Requião (PMDB)

Romário (Podemos)

Telmário Mota (PTB)

Vanessa Grazziotin (PCdoB)

Abstenção

Lúcia Vânia (PSB)

Do Portal Vermelho, Dayane Santos