O projeto do governo Temer para desmontar a Caixa Econômica Federal está a todo vapor. Depois de reabrir o Programa de Demissão Voluntário Extraordinário (PDVE), o Conselho Diretor informou na última segunda-feira (17) que a empresa vai passar por um novo processo de reestruturação.

Ao todo, 131 unidades internas e administrativas em todo o Brasil serão fechadas. O banco vai passar de 424 departamentos para 293. Com o fechamento, várias funções também serão extintas. O Conselho Diretor da estatal não apresentou números, mas especula-se que cerca de 500 bancários vão perder suas gratificações.

As mudanças atingirão sete vice-presidências: Vilop (Logística), Vigov (Governo), Vihab (Habitação), Vifug (Fundos de Governo), Vific (Finanças e Controladoria), Vipes (Gestão de Pessoas) e a Vitec (Tecnologia da Informação).

Para atender a essa nova realidade, o Conselho Diretor afirma que os processos vão ser, em sua maioria, unificados e padronizados. As chamadas Centralizadoras serão ampliadas e vão absorver as demandas das unidades que serão fechadas.

Fechamento de agências

Em agosto, o alvo será as agências. A expectativa é de que 100 a 120 unidades em todo o país sejam fechadas até o primeiro semestre de 2018. Dentre diversos critérios, a direção da Caixa estabeleceu o financeiro como o mais importante. Por isso, o fechamento das agências deve seguir a seguinte ordem: primeiro, as aquelas que dão prejuízo. Segundo, as que não dão lucro (empatam). Por fim, as que dão resultado abaixo do esperado.

“Esse é mais um duro golpe contra o banco e seus empregados. Desde que tomou o poder, o governo golpista tem tomado medidas para enfraquecer o papel dos bancos públicos e, em especial da Caixa, que é um importante instrumento de desenvolvimento de políticas sociais no Brasil. Eles colocaram a reestruturação e o PDVE juntos para aterrorizar os empregados e forçar o desligamento de um número maior de trabalhadores”, alertou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.

Os bancários não vão aceitar mais este golpe de braços cruzados. A Comissão de Empregados (CEE) Caixa já pediu uma reunião com a direção do banco para tratar da questão.

Fonte: Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe