Cinco meses se passaram e a política de demissões no setor bancário, o mais lucrativo da economia nacional, continua. De janeiro a maio de 2015, foram extintos 2.925 postos de trabalho no Brasil. A média é de quase 20 demissões por dia.

As organizações financeiras múltiplas (BB, Bradesco, HSBC, Itaú e Santander) eliminaram 1.047 vagas, mesmo com lucros recordes.

Para se ter ideia, no primeiro trimestre, as cinco empresas colocaram nos cofres nada menos do que R$ 17,48 bilhões. 

Pela primeira vez, a Caixa aparece com número negativo com o fechamento de 1.961 postos de trabalho. Mas, a redução se deve a implantação do PAA (Plano de Apoio à Aposentadoria). Portanto, os desligamentos são considerados a pedido do trabalhador.

A pesquisa tem apoio do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e usa como base a pesquisa mensal do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O estudo aponta ainda a alta rotatividade no setor, só para reduzir os salários. A remuneração média dos novos funcionários dos bancos é de R$ 3.421,38, contra R$ 6.054,33 dos demitidos, queda de 56,5%.

Desigualdade

Outro dado bastante criticado pelo Sindicato da Bahia é a desigualdade de gênero, tão frequente nas organizações financeiras.

O salário dos homens admitidos entre janeiro e maio foi de R$ 3.747,32 contra R$ 3.072,48 das mulheres. Ou seja, as bancárias recebem 18% a menos do que os bancários.

Fonte: Seeb Bahia.