Muitos participantes, principalmente aqueles que estão na fase contributiva – ativos que contribuem mensalmente com um percentual dos seus rendimentos – dizem pensar em sair da Funcef. A reposta para essa dúvida é simples: não vale a pena
“Precisamos ter consciência de que a menor parte dos trabalhadores tem acesso a fundos de pensão, e que nem todos os fundos têm paridade contributiva. Temos que buscar solução para os problemas da Funcef, e não abrir mão daquela que é uma das nossas maiores conquistas”, afirma a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.
Confira abaixo quatro razões para não abrir mão do seu fundo de pensão:
1. Rentabilidade e ganho real
Os planos de benefícios têm metas anuais de rentabilidade. Em 2016, o Novo Plano rendeu 12,37%, pouco abaixo da meta, que era de 12,58%. O REB, por sua vez, obteve valorização de 9,54%, em lugar dos 12,48% esperados. Descontada a inflação no período, que foi de 6,58%, o ganho real, em média, foi próximo de 5%.
Segundo a Funcef, os dois planos se mantiveram acima da meta atuarial até o terceiro trimestre de 2017. No acumulado até setembro, o Novo Plano obteve uma valorização de 9,74% contra uma meta de 5,4% para o período. Já o REB alcançou valorização de 9,41% ante a meta de 5,33%. Se os resultados se mantiverem, a expectativa é de superação da meta anual.
2. Paridade
Porém, o grande diferencial do qual não podemos abrir mão é a paridade contributiva prevista nos planos da Funcef. Para cada R$ 1 aportado pelo participante, a Caixa contribui com mais R$ 1. No Novo Plano, é possível contribuir com até 12% do salário (incluindo o CTVA), enquanto no REB a contribuição está limitada a 7% e o CTVA não entra na conta.
Na prática, os participantes em fase contributiva dobram seu capital a cada ano e ainda contam com mais a rentabilidade alcançada no período. Não há nada igual no mercado
3. Condições de custeio
Um estudo da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar) aponta que o custeio administrativo – taxas de administração e carregamento – menor praticado nos fundos de pensão pode gerar um valor acumulado até 57% maior que na previdência privada aberta. Se optar pelo benefício vitalício, o valor mensal que o aposentado receberá nos fundos de pensão pode ser até 238% mais elevado. As instituições de mercado têm fim lucrativo, o que as força a buscar remuneração com parte do retorno futuro que iria para o participante, o que não ocorre nos fundos de pensão.
Segundo a Funcef, entre 2013 e 2016, a taxa de custeio para os ativos do Novo Plano, REG/Replan Não Saldado e REB caiu de 4,75% para 4,25%. E a estimativa é que a alíquota chegue a 3,98% em 2017.
Para os aposentados, a redução foi de 2% em 2013 no REB para 1,8% em 2016. A previsão é que o desconto caia para 1,75% em 2017. O mesmo se deu com o REG/Replan Saldado e Novo Plano, em que o desconto é paritário, oscilando de 1% há três anos para 0,9% no final de 2016.
4. Benefício vitalício
Sempre vale lembrar da possibilidade de manter o dinheiro guardado na Funcef e esperar a aposentadoria para converter o recurso em benefício vitalício. O benefício vitalício pode ser muito vantajoso para o participante. Mesmo que a expectativa de vida prevista para aquela pessoa seja superada, a Fundação terá que honrar o pagamento, garantia que ninguém tira.
5. Baixo risco
Por último, precisamos perceber que todas essas vantagens estão à nossa disposição em uma condição de baixo risco. Onde mais poderíamos dobrar nosso capital e ainda obter uma rentabilidade adicional superior à inflação sem ter que nos aventurar no mercado especulativo?
Fonte: Fenae.