Só a mobilização do funcionalismo vai garantir um bom acordo na Caixa. Na segunda rodada de negociação, realizada nesta sexta-feira (20/7), em Brasília, a direção da empresa até sinalizou com a possibilidade de manter alguns itens do Acordo Coletivo de Trabalho-ACT atual, mas sem compromisso de colocar isso no documento que será assinado ao fim do processo negocial.

A representação da Caixa informou, por exemplo, que não aceita colocar no ACT nada que diga respeito a contratação e que, apesar de não ter intenção de aplicar a reforma trabalhista por completo, também não topa assinar nada que limite a utilização de temas da atual reforma. Diante do protesto veemente da Comissão Executiva dos Empregados – CEE, a empresa recuou e disse que estudará manter algumas cláusulas que garantam o status atual.

A direção da Caixa não quer colocar no acordo, nem mesmo a garantia de só contratar trabalhadores para as atividades fins da empresa via concurso público. Diz que reconhece que a contratação deve ser desta forma, mas que este entendimento não se aplica a trabalhadores temporários.

Informou também, que vai manter a sistemática do Caixa minuto, mas que aqueles empregados que já têm a função serão mantidos.

A empresa foi evasiva também sobre a participação nos lucros e resultados. Garantiu a aplicação da PLR da Fenaban, contudo, no tocante à PLR social, informou que pretende manter, mas que ainda não tem autorização do Conselho de Administração e dos órgãos externos, dependendo dos limites estabelecidos por estes.

Sobre às cláusulas sindicais, a Caixa concorda em manter a mesa específica concomitante no processo de negociação geral e nas permanentes, bem como o reconhecimento do delegado sindical e da homologação nos sindicatos.

"Até o momento, a representação da Caixa apresenta sinalizações vagas de manter alguns itens do ACT atual, mas sem garantir mantê-los formalmente no acordo e a maioria dos itens estão pendentes. No dia 26, a pauta será Saúde Caixa e Funcef, temas sensíveis para a categoria. Precisamos redobrar a mobilização para garantir que nosso acordo não será desmontado”, ressaltou o secretário Geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.

Emanoel convoca os empregados à participar das atividades do dia nacional de luta em defesa dos planos de saúde das empresas estatais, que será na próxima quarta-feira, 25 de julho.

Fonte: FEEB BA/SE