Durante a negociação, representantes dos empregados cobraram a manutenção do Saúde Caixa nos moldes atuais

Na terceira negociação, realizada nesta quinta-feira (26/07), a Caixa até apresentou algumas novidades, como a nova metodologia para o PSI (Processo de Seleção Interna) com alguns avanços. No entanto, como nas outras rodadas, não quis se comprometer a colocar no ACT (Acordo Coletivo de Trabalho).

Sobre a verticalização, o banco informou que novos ajustes estão suspensos e que a fase agora é de avaliação. Em relação à Funcef, a Comissão Executiva de Empregados reivindicou a alteração do modelo de equacionamento. A instituição disse ter consciência da grave situação e tem, junto com a Fundação dos Economiários Federais, estudos em andamento, cujo objetivo é atenuar o problema. Mas, não confirmou uma data para apresentá-los.

O banco afirmou ainda que criou três gerências nacionais para fazer interface com a Funcef: GESIC (risco), GEPAR (financeira) e GECEF (pessoas). Já sobre o contencioso da Fundação, nenhuma posição foi dada.

Saúde Caixa

No que diz respeito ao Saúde Caixa, a empresa concordou com o fortalecimento do Conselho de Usuários e dos Comitês de Credenciamento, além do compromisso de apresentar os números sobre o plano.

Resposta negativa, no entanto, em relação ao modelo de custeio. A Caixa reafirmou que pretende cumprir a resolução 23 da CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União). Ou seja, descaracterizar, encarecer e tornar inviável o plano.

Presente na negociação, o secretário geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, afirmou que a Caixa não pode agir desta forma. “É um absurdo. A mobilização precisa crescer e muito para garantir que mantenhamos nossos direitos”.

PLR e PLR Social

No dia 2 de agosto será realizada nova rodada de negociação, quando voltarão a ser debatidos temas relacionados ao Saúde Caixa, o fim do descomissionamento de gestantes e garantias contra as ameaças embarcadas na nova lei trabalhista.

Também voltarão a ser debatidas as sérias ameaças que pairam sobre a PLR dos empregados, já que na última mesa, a direção do banco não só não garantiu o pagamento da PLR social, como ainda determinou, por meio de decisão do Conselho de Administração, que a distribuição da PLR será limitada a 25% do valor pago ao Tesouro na forma de dividendos, que por sua vez representa  25% do lucro líquido do banco. Assim, o valor da PLR distribuída aos empregados seria limitado ao teto de 6,25% do lucro líquido do banco.
 
“Os bancários esperam que na próxima rodada de negociação a Caixa apresente uma proposta decente que respeite as conquistas da categoria e valorize aqueles que são os verdadeiros responsáveis pela alta lucratividade da empresa, que são seus empregados", destaca Carlos Alberto Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários de Irecê e Região.

Da Redação com FEEB e SP Bancários