A Federação dos Bancos (Fenaban) não trouxe nada para a sétima rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, realizada nesta sexta-feira (17), sequer a redação das cláusulas que estavam pendentes. Apesar da cobrança, mais uma vez os patrões não apresentaram nenhuma contraproposta para a pauta de reivindicações da categoria.

Uma nova reunião foi agendada para a terça-feira (21), a partir das 14h. Os dirigentes do Comando cobraram e ficou acordado na mesa que essa nova negociação só se encerrará quando houver uma proposta ou se chegar a um impasse. Qualquer um desses cenários será levado para apreciação dos bancários em assembleias, nas quais serão definidos os próximos passos da Campanha Nacional Unificada 2018.

Na mesa, o Comando apresentou o resultado das assembleias em todo o país, que rejeitaram por unanimidade a proposta apresentada pela Fenaban  no último dia 7, que previa acordo de quatro anos com reposição da inflação a cada data base da categoria (1º de setembro). Ressaltou também , a disposição da categoria de luta por aumento real de salário e garantia de direitos.

Diante da falta de resposta, o Comando estabeleceu a próxima semana como limite para que a Fenaban apresente uma proposta de acordo para a categoria. “Nós chegamos ao nosso limite e deixamos isso claro. Desde o início da negociação, os representantes dos bancos afirmam que querem uma negociação de boa fé, mas o  dia 31 de agosto está chegando e ainda não temos avanços concretos”, afirmou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto.

“Ou apresentam proposta decente com aumento real e manutenção dos direitos, ou estarão empurrando a categoria para a greve”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que é uma das coordenadoras do Comando.

Uma nova reunião ficou marcada para a próxima terça-feira, 21 de agosto, às 14h, em São Paulo. O encontro abre um processo de negociação permanente entre as partes, até a discussão de todos dos pontos pendentes da pauta e a apresentação de uma proposta de acordo.

O Comando cobra uma posição mais efetiva também nas mesas de negociação específicas dos bancos públicos.