Em rodada realizada na quinta-feira (23), os bancos recuaram na proposta que pretendia tirar das bancárias em licença-maternidade o pagamento integral da PLR. Também voltaram atrás e não haverá mais retirada de direitos nem supressão de cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).  Após muitas horas de intensos debates, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban decidiram retomar as negociações na manhã desta sexta-feira, 24 de agosto. O encontro será a partir das 10h, quando a categoria espera que banqueiros apresentem uma proposta de reajuste, que garanta aumento real de salário.

Foi um dia de muita expectativa. A negociação agendada inicialmente para ás 10h começou depois das 16h e se estendeu até tarde da noite. Apesar do cansaço, o esforço valeu a pena, pois a rodada resultou em avanços importantes em relação à proposta apresentada na terça-feira (21).

Direitos garantidos

- PLR das bancárias em licença maternidade e também dos trabalhadores licenciados por motivos de saúde ou acidentes de trabalho;

- Manutenção da cláusula 5ª, que prevê o pagamento do salário substituto, e a cláusula 10ª, do adicional de insalubridade e periculosidade;

- Proibição da divulgação do ranking de desempenho individual.

Para o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, estes são avanços importantes, que garantem que os licenciados e as mulheres que estão em licença maternidade possam dormir mais tranquilos. “No entanto, acho que ainda podemos avançar mais e garantir também aumento real para a categoria. Amanhã continua e esperamos arrancar uma proposta digna”, ressaltou.

Bancos públicos

Os acordos específicos de Banco do Brasil e da Caixa Federal serão debatidos assim que encerradas as negociações com a federação dos bancos.
Questões centrais para os trabalhadores dos bancos públicos precisam ser resolvidas, como os altos valores cobrados pelo Saúde Caixa, a PLR Social, os ciclos avaliatórios no BB. Os bancários estão mobilizados e já avisaram em assembleias e atos por todo o país que não aceitarão nenhum direito a menos.

Fonte: FEEB BA/SE