O Comando Nacional dos Bancários reuniu-se nesta terça-feira (21), em São Paulo, para discutir a estratégia, mobilização e organização da Campanha Salarial 2015. Durante o encontro, foi feita uma análise da conjuntura nacional e bancária pela economista do DIEESE, Vivian Rodrigues, que propôs uma reflexão para as negociações deste ano.

Segundo Vivian, as medidas adotadas recentemente vão na linha contrária da busca do crescimento econômico. Os números apontam que os reflexos já começaram com a queda do PIB, retração no mercado de trabalho e os aumentos nas taxas de juros.

O principal dado negativo é que, de janeiro de 2012 a maio de 2015, o setor bancário fechou mais de 22 mil postos de trabalho, uma média de 545 empregos a menos durante 41 meses. Vivian apresentou ainda trabalho sobre os reflexos da tecnologia no setor bancário.

O estudo demonstrou que o número de agências cresce abaixo da demanda por serviços bancários. Até por isso, a representatividade das agências nas operações cai pela metade entre 2010 e 2014. Hoje, apenas 7% das transações são realizadas em agências.

No encontro, foi apresentada a peça publicitária da Campanha Nacional 2015, definida pelo coletivo de imprensa, após quatro encontros com representantes de sindicatos e federações de todo o Brasil.

A mídia de campanha será exibida agora oficialmente na 17ª Conferência Nacional dos Bancários, que acontecerá entre os dias 31 de julho e 1 e 2 de agosto, em São Paulo (SP), quando será aprovada a estratégia e a pauta de reivindicações a ser entregue para a Fenaban.

Na reunião, o Comando aprovou o calendário de mobilização da Campanha Salarial 2015:

05/08 - Assembleias para avaliar a Minuta de reivindicações;

06/08 - Dia Nacional de Luta por contratações na Caixa;

11/08 - Entrega da minuta de reivindicações à Fenaban;

12 a 14/08 - Lançamento da Campanha Salarial 2015.

Com informações da Contraf