A 17ª Conferência Nacional dos Bancários, que terminou neste domingo (02) em São Paulo, aprovou a pauta de reivindicações com reajuste de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real) para a Campanha Salarial 2015. Além disso, foram definidas como eixos centrais, a valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral e fim da terceirização.
Os bancários da Bahia e Sergipe defenderam na Conferência, entre outras reivindicações, reajuste de aumento real de 10% de salário, mais a inflação do período; mudanças na PLR com distribuição de 25% do lucro de forma linear entre os bancários; elevação do piso ao mínimo do Dieese e inclusão de uma cláusula de valorização dos dirigentes sindicais, com a possibilidade de conquista de uma função após 10 anos de liberação para o movimento sindical.
No evento, foram aprovadas também a estratégia e o calendário da campanha salarial e debatidos temas importantes da conjuntura nacional, como as consequências do processo de terceirização, reforma tributária, desenvolvimento econômico e estrutura do sistema financeiro atual.
O próximo passo agora é a entrega da minuta de reivindicações à Fenaban, que será feita no próximo dia 11 de agosto, em São Paulo. Veja abaixo os principais pontos da pauta aprovada na Conferência:
Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$7.246,82
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).