A ameaça de privatização do Banco do Brasil tem provocado instabilidade nos trabalhadores da instituição. O tema foi discutido nesta terça-feira (10/12) em audiência pública da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). Entidades representativas e empregados do banco estiveram presentes na audiência.
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, voltou a confirmar seu desejo e do ministro da Economia, Paulo Guedes, de privatizar a instituição. No entanto, o assunto tem divergências no governo. Rubens apresentou que no acumulado dos primeiros 9 meses de 2019, o BB teve lucro líquido ajustado de R$ 13,2 bilhões, sendo que o retorno sobre o patrimônio líquido foi de 17,5%.
"Eu poderia ficar aqui e explicar como seria vantajoso a privatização. Mas seria chover no molhado. Eu sou a favor da privatização? Sou", afirmou Rubem Novaes, voltando a dizer também que, apesar de sua opinião, o BB não será vendido.
A posição do governo cria instabilidade porque, mesmo negando, o banco já vendeu sua participação na resseguradora IRB, fez oferta secundária de ações e vendeu frações na BB Seguridade, Neoenergia, Companhia Brasileira Securitização (Cibrasec) e Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação (SBCE).
A afirmação de Novaes não convenceu aos empregados do banco, entidades representantes dos trabalhadores e deputados contrários à medida.
Os bancos públicos cumprem um papel importante na cadeia de desenvolvimento do país, fornecendo crédito a juros mais baixos, financiando moradias para quem deseja a casa própria, está na agricultura, nas grandes empresas, microempresas e setores informais.
Fonte: FENAE