Em reunião por videoconferência na tarde desta segunda-feira (13/04), O Comando Nacional dos Bancários cobrou da Federação dos Bancos (Fenaban) a ampliação das ações para evitar a exposição da categoria à contaminação pelo coronavírus (Covid-19).
A representação dos trabalhadores reforçou a solicitação de equipamentos de proteção pessoal como máscara, álcool gel e a instalação de protetores de acrílico nas agências. Cobrou também os dados sobre a liberação dos funcionários que estão no grupo de risco, bem como a inclusão de lactantes e mães com filhos até 2 anos no teletrabalho.
Outros pontos cobrados foram a antecipação da vacina contra gripe para a categoria e a adoção de medidas para diminuir as filas nas agências, inclusive nas áreas externas. O Comando reforçou também que não cabe ao bancário organizar estas filas. A sugestão é de que os bancos contratem empresas de segurança para organiza-las.
Para o Comando, a melhor solução é reduzir o atendimento nas agências ao essencial, de preferência com agendamento prévio via telefone e internet.
Em resposta, a Fenaban informou que liberou 250 mil bancários para o trabalho em casa, em férias e banco de horas até o momento, além de está adotando medidas para garantir a higienização das agências, a compra e distribuição de equipamentos de proteção para os bancários.
Sobre as filas, a Fenaban disse está estudando medidas para impedir a aglomeração nas agências, mas que está aguardando que o movimento diminua após o período de pagamento dos salários e benefícios sociais.
Transparência e MPs
O Comando cobrou ainda dos bancos mais transparência sobre as medidas adotadas neste período. Ressaltou ainda o descontentamento com a forma como algumas empresas estão implementando a Medida Provisória 927, que trata de férias e bancos de horas, sem a prévia negociação com o movimento sindical. Pediu também que os bancos não adotem a MP 936.
A Fenaban não se comprometeu com a não implementação das medidas, adiando o debate do tema para outro momento.
O movimento sindical está em negociação constante com os bancos, buscando formas de garantir a proteção da saúde e do emprego da categoria. O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, participa de todas as reuniões com a Fenaban. O debate de hoje contou também com a participação do presidente do Sindicato de Bahia, Augusto Vasconcelos, e da presidenta do Sindicato de Sergipe, Ivânia Pereira.
Na parte da manhã, Neto entregou ao Comando Nacional as propostas da Feebbase para o enfrentamento deste momento. Confira:
Propostas da Feebbase
Contratar empresa de segurança (controladores de fila), para trabalhar do lado externo da agência e no autoatendimento. Já está ocorrendo em Salvador;
Reabrir as agências que foram fechadas temporariamente;
Incluir mães lactantes e que tenham filhos menores de dois anos no grupo de risco;
Disponibilizar protetor facial para todos que trabalham dentro da agência ( funcionários e terceirizados ), além dos controladores de fila;
Realizar testes rápidos de todos os funcionários na segunda e sexta-feira, todas semanas;
Enquadrar as pessoas da linha de frente como grupo de risco nível 1. São os bancários que estão em contato direto com os clientes ( Caixas, Atendentes, Gerentes de Atendimento, etc). Prioridade para esses funcionários ( rodízio, testes);
Balanço das pessoas com contágio;
Número de óbitos de bancários;
Vacina contra gripe;
Garantir o ticket alimentação para os inaptos (como as perícias não estão acontecendo, os bancários que estão inaptos não tem direito ao ticket ) e vão ter que esperar a situação se normalizar no INSS. Como esses bancários doentes com redução de renda vão ficar sem tickets?
Garantir o rodízio para todos os cargos (quem está decidindo que pode entrar nos rodízios são os gestores e isso tem causando muitas injustiças).
Fonte: FEEB BA/SE