As grandes filas e aglomerações nas agências da Caixa têm preocupado vários setores da sociedade, em especial, as entidades representativas dos trabalhadores. Na última quinta-feira (30/4), o Sindicato da Bahia e a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe se reuniram por videoconferência com as secretarias estaduais do Trabalho, do Planejamento e da Segurança Pública; a Superintendência Regional do Trabalho; o Ministério Público do Trabalho e a Superintendência Regional da Caixa para buscar soluções para o problema na Bahia.
“Pedimos apoio ao governo do estado para envolver os prefeitos e à Polícia Militar, através da Secretaria de Segurança Pública, para ajudar na questão das filas. Os bancários não têm condições de organizar filas e ainda atender à população. Só o apoio da polícia e das guardas municipais pode garantir a segurança de clientes e funcionários da Caixa”, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários, Hermelino Neto.
Neto destacou a importância do trabalho desempenhado pelo pessoal da Caixa neste momento de crise enfrentado pelo país. “As filas são consequência dos problemas sociais que temos e da necessidade da população. Os bancários não podem ser responsabilizados por isso. Estamos acompanhando com muita preocupação estes problemas na Caixa. Recebemos denúncias de que funcionários foram ameaçados em Juazeiro e Jacobina. Tivemos também a invasão da agência de Ilhéus e o apedrejamento de uma unidade em Salvador. Isso é gravíssimo”.
Desde o 18 de março, que a Feebbase enviou ofício ao governo do estado, pedindo atenção especial em relação ás filas nos bancos. Desde então, a situação só piorou devido ao pagamento dos programas sociais. “Nós entendemos que não existe outra saída, se não for o apoio dos prefeitos e do governo do estado. Este é o caminho. Nós não podemos expor os bancários, organizando filas e nem a população a se contaminar com o Covid -19”, acrescentou.
Resultados
O encontro rendeu frutos positivos. O secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, prometeu que a PM fará ações em conjunto com a Caixa e as prefeituras para ajudar na questão das aglomerações, solicitou ainda que fossem informadas as agências prioritárias para este apoio.
O levantamento inicial apontou a existência de 85 agências da Caixa, em 75 cidades do interior do estado que precisam desse suporte da PM e guardas municipais.
O secretário do Trabalho, Davidson Magalhães, se comprometeu a convocar os prefeitos para uma reunião, por videoconferência, nos próximos dias para tratar exclusivamente da questão das filas nos bancos. A ideia e envolver as prefeituras na tarefa de demarcar os espaços e garantir o distanciamento social, enquanto a PM e as guardas municipais cuidariam do cumprimento destas medidas.
A Federação e os sindicatos vão continuar acompanhando de perto a questão e cobrando ações para garantir a segurança de bancários de clientes.
Participaram da reunião o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos ; o secretário do Trabalho, Emprego e Renda, Davidson Magalhães; o secretário do Planejamento, Walter Pinheiro ; osecretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa; a superintendente Regional do Trabalho , Gleide Gois; oprocurador chefe do Ministério Público do Trabalho, Luís Carneiro; o secretário Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo de Salvador, José Sérgio Guanabara e o diretor de Fiscalização, Átila Brandão. A Caixa foi representada pelo superintendente Regional, João Dácia; o Gerente de Governo, Lídio Mota; a Gerente Executiva de Saúde e Segurança do Trabalho, Mychelly Rodrigues Braga ; a gerente de Filial da Área de Pessoas - Região Nordeste, Sabrina Amorim Vieira Capistrano, o superintendente para o interior do estado, Ismael Boaventura Neto, e o Consultor de Dirigente Roberto Carlos Ceratto.