Mais uma prova da importância da luta do movimento sindical. Após intensa negociação com o Itaú o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Organização dos Empregados (COE) conseguiram que o banco concordasse com o prazo de 12 meses para a compensação do banco de horas dos funcionários que estão afastados do local de trabalho sem realizar o home office, incluindo aqueles que fazem parte dos grupos de risco, e dos que estão em esquema de rodízio. A compensação será feita a partir de janeiro de 2021.
Este era o único ponto pendente para a apresentação do acordo aos trabalhadores. Agora, os sindicatos vão realizar assembleias virtuais para que os funcionários possam se posicionar sobre a proposta de acordo do Itaú.
O acordo sobre o bancos de horas, prevê ainda o abono de todos os dias não trabalhados em março e abril, começando a contagem para efeito de compensação apenas a partir de maio. Além disso, haverá um desconto de 10% sobre o total de horas a serem compensadas para todos. Caso o bancário seja demitido sem justa causa, as horas não compensadas não serão descontadas do valor que o trabalhador tiver a receber.
Outra conquista, é que as horas trabalhadas aos sábados, domingos, feriados e horas noturna serão contadas como horas extras.
Outro ponto importante do acordo é que os funcionários de seis horas poderão ter 30 minutos de intervalo e não apenas 15. Além da possibilidade de caixas e gerentes atuarem na Central de Atendimento por 6 horas. Nesses casos, quem é de 8 horas trabalha só seis e não fica com horas em débito. O banco fornecerá treinamento e equipamento para o trabalho em home office.
Os representantes dos trabalhadores também conseguiram que o banco registre no acordo todos os compromissos assumidos pelo banco nas mesas de negociações, tanto na específica quanto na mesa da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), como a não demissão durante todo o período que perdurar a pandemia causada pelo novo coronavírus.
“Sabemos que não é o acordo ideal, mas em um cenário extremamente desfavorável para o trabalhador, não podíamos deixar de buscar uma forma de negociar pagamento das horas negativas. Não podíamos deixar as pessoas dos grupos de risco com mais essa preocupação. Vamos continuar na luta para proteger os direitos da nossa categoria”, ressaltou o diretora de Saúde da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Andréia Sabino, que integra a COE Itaú.
Fonte: FEEB BA/SE