Na manhã deste sábado (4/7), durante a 22ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, o presidente licenciado do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos fez uma exposição com grandes contribuições ao debate sobre as relações de trabalho durante a pandemia do covid-19.
Vasconcelos começou reforçando o cenário que o Brasil se encontra, em que mais de 1,1 milhão de postos de trabalho foram fechados e 18 milhões de pessoas não buscaram trabalho por conta do novo vírus.
Augusto ressaltou ainda o descaso do governo na edição das Medidas Provisórias (MP) 905, 927 e 936 que retiram os direitos dos trabalhadores de diversas formas, entre elas a alteração de cerca de 40 dispositivos da CLT, desconsideração das convençõs e acordos coletivos, suspenção de normas de saúde e segurança e redução jornadas de trabalho e salários através de acordos individuais.
Além disso, Augusto relembrou a importante atuação do movimento sindical, em especial os sindicatos dos bancários, que foi o primeiro segmento da economia a montar um Comitê de Crise, no mesmo dia em que foi decretado a pandemia e já conquistou a sobreposição das ACT’s sobre os acordos individuais caso sejam melhores, a ultratividade durante a calamidade, a garantia de não despedidas, entre outras conquistas.
Para ele, há uma grande relevância em eleger parlamentares ligados aos trabalhadores e a necessidade de fortalecer os sindicatos. “Isso tudo é reflexo da força da bancada patronal, mas, além disso é importante valorizar os acordos que já conquistamos no Itaú, Santander, Safra, BV Financeira e no Banco do Brasil e possibilitou a redução de danos”, completou.
Por fim, o presidente licenciado convidou os bancários a fazerem uma reflexão sobre o teletrabalho, que foi uma reivindicação do movimento sindical para manter os trabalhadores longe dos riscos da pandemia, mas vem oportunizando as jornadas de trabalhos incessantes, ampliação da cobrança de metas e o não fornecimento de equipamento.
Fonte: FEEB BA/SE