Após o Comando Nacional dos Bancários recusar a proposta de reajuste zero nas verbas econômicas, redução na participação nos lucros e resultados, retirada da 13ª cesta alimentação e diminuição da gratificação de função, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) marcou uma nova rodada de negociação para este sábado, 22 de agosto, a partir das 11h.

O Comando orienta os bancários a manterem a mobilização nas redes sociais para cobrar uma proposta decente dos bancos à pauta de reivindicações da categoria, que inclui reajuste salarial com recomposição da inflação mais 5% de aumento real e manutenção dos direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho.

As propostas dos bancos até o momento vão em sentido contrário. A tentativa de retirar direitos começou na rodada sobre saúde e condições de trabalho, no dia 11 de agosto, quando os bancos propuseram reduzir de 120 para 90 dias o pagamento de benefício emergencial de salário para o bancário que recorre da alta indevida pelo INSS. Tentaram também mudar a cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que regula a complementação salarial em caso de afastamento para tratamento quando o benefício seja menor que o salário. Até agora, o funcionário pode ter essa complementação por 24 meses. A proposta da Fenaban é de que passe a ter uma carência de 12 meses entre um afastamento e outro, para que seja pago a complementação (retornando ao trabalho). Os bancos também querem a volta do rankeamento dos trabalhadores, com a divulgação dos “melhores” funcionários, prática que é proibida pela CCT.

Os ataques aos direitos continuaram na rodada de terça-feira (18), quando a Fenaban propôs reduzir em até 48% a PLR. Na quinta-feira (20), ameaçou retirar a 13ª cesta de alimentação, reduzir de 55% para 50% o valor da gratificação por função, além de descontar do bancário os valores do vale alimentação e vale refeição em caso de cobrança de imposto pela Receita Federal. Como se não bastasse, na sexta (21), disseram que não vão reajustar os salários e as verbas econômicas da categoria, nem mesmo para repor a inflação. Isso de cara, significaria uma perda de 2,65% no poder de compra dos salários.

Os bancários não vão aceitar a retirada de direitos, pois sabem que os bancos continuam lucrando muito, mesmo com a pandemia causada pelo covid-19. A categoria via se mobilizar para garantir os direitos e aumento nos salários.

Os sindicatos de todo o país realizarão assembleias na próxima terça-feira (25), para que os bancários se manifestem sobre os próximos passos da campanha.

Fonte: FEEB BA/SE