Por ampla maioria, em todo o país bancári@s aprovaram a Convenção Coletiva de Trabalho Nacional (CCT) que garante direitos para os bancários de norte a sul do Brasil. A categoria aprovou a proposta final negociada pelo Comando Nacional d@s Bancári@s com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), através de assembleias, que registraram índice de aprovação de 93% para a proposta de acordo. Também foram aprovados os acordos coletivos dos bancos públicos (Caixa, Banco do Brasil, Banrisul e Banco do Nordeste).
O acordo garante reajuste salarial e abono de R$ 2 mil em 2020, aumento real em 2021, além da manutenção dos direitos da Convenção Coletiva e dos acordos específicos dos bancos públicos. Para 2021, o acordo garante a reposição do INPC acumulado no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) e aumento real de 0,5% para salários e demais verbas como vale-alimentação e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR. A proposta prevê ainda a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho e dos acordos específicos de bancos públicos por dois anos.
Bahia e Sergipe aprova propostas da FENABAN e Bancos Públicos
Os bancários dos sindicatos de Feira de Santana, Bahia, Jequié, Juazeiro, Jacobina, Irecê, Itabuna, Ilhéus, Sergipe e Extremo Sul da Bahia também aprovaram em ampla maioria, na noite desta segunda-feira (31/8) a proposta de acordo da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Foram aprovadas também as propostas para os acordos coletivos de trabalho na Caixa, Banco do Brasil e Banco do Nordeste (BNB).
A votação aconteceu de forma eletrônica nos sites dos sindicatos. O alto índice de aprovação das propostas demonstra que a categoria entendeu as dificuldades do momento e a importância da manutenção de todos os direitos contidos na CCT, mesmo em uma conjuntura desfavorável aos direitos dos trabalhadores, como a que se experimenta hoje no Brasil.
“Superamos mais uma etapa deste processo de campanha salarial e fizemos isso de forma vitoriosa e com muita unidade. Nós vamos continuar cobrando dos bancos mais responsabilidade e respeito pela categoria bancária. Nós iremos estar também, de forma unitária, pensando no Brasil. Para isso, precisamos pensar no processo eleitoral, agora em novembro. Precisamos eleger uma bancada de bancários comprometidos com a democracia, a soberania nacional e a defesa dos bancos públicos”, avaliou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, que integra o Comando Nacional dos Bancários e participou das negociações com a Fenaban.
Bancários de Irecê e Região realizam plenária virtual e aprovam propostas
Na noite desta segunda-feira (31), último dia para apreciação virtual das propostas apresentandas pelos bancos, o Sindicato dos Bancários de Irecê e Região realizaou uma plenária através da plataforma Zoom com os bancár@s de sua base, para discutir e esclarecer os principais pontos da campanha nacional. O presidente da entidade, Carlos Alberto Bezerra, apontou ainda os momentos e as conquistas históricas da categoria, além de todos os ataques que os trabalhadores estão sofrendo nos últimos anos, principalmente pós reforma trabalhista.
Confira o resultado da consulta assemblear: Bancos Privados (SIM: 93,75%, NÃO: 6,25% e ABSTENÇÃO: 0%), Banco do Brasil (SIM: 90%, NÃO: 8.75% e ABSTENÇÃO: 1,25%), BNB (SIM: 90%, NÃO: 10% e ABSTENÇÃO: 0%), CAIXA (SIM: 82.76%, NÃO: 17,24% e ABSTENÇÃO: 0%).
Todos ganham
O acordo vai ajudar a economia brasileira. Reajustes de salários, vales e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) terão um valor total de R$ 8.098.464.934,10, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese). Somente o impacto da PLR é de R$ 6.211.796.397,21 na economia. O reajuste salarial, incluído o abono, vai implicar na injeção de outros R$ 757.064.915,60.
Restaurantes, lanchonetes e supermercados de todo o país também terão um alívio com a injeção de outros R$ 223.047.621,29, referentes ao reajuste dos vales refeição e alimentação. “Quando o trabalhador ganha, toda a sociedade ganha. Com esses valores, os bancários vão consumir, o comércio vai vender, vão reformar suas casas, vão pagar suas dívidas. Ganha a economia e ganha o governo, que arrecada mais, quando a economia gira”, afirmou a presidenta Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.
Da redação com FEEB BA/SE e CONTRAF.