O Comando Nacional dos Bancários se reuniu com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nesta sexta-feira (5/3), por videoconferência, para cobrar o reforço dos protocolos para proteger a categoria contra o coronavírus ( Covid-19) , o fim das demissões e da pressão por metas enquanto durar a pandemia.

Os dirigentes solicitaram também a redução do funcionamento das agências, um maior número dos trabalhadores em home office, barreiras de acrílicos dentro das unidades, além do fornecimento de equipamentos de proteção pessoal adequados para o momento de agravamento da pandemia, com o surgimento de novas cepas mais perigosas.

O Comando reforçou também a necessidade de adoção de protocolos de segurança mais rígidos e a testagem dos bancários. “Se um funcionário está com suspeita de contaminação, ele não pode ir trabalhar. Deve ficar em casa até sair o resultado negativo. Isso evita a possível contaminação de outras pessoas no local de trabalho”, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, que integra o Comando.

Ainda sobre os protocolos, os dirigentes afirmam que, muitas vezes ele não funciona, porque os gestores não acionam corretamente, por medo de ficar sem equipe. Os bancos demitiram muito e as agências estão funcionando no limite.

Bahia

A Feebbase denunciou ainda o fato de que mesmo com a decretação de lockdown em algumas cidades da Bahia, as áreas meios de alguns bancos continuaram funcionamento normalmente, mesmo não sendo um serviço essencial. A entidade defende que estes trabalhadores devem ser colocados em home office para evitar o risco de contaminação.

Outro problema enfrentado pelos bancários da Bahia é o funcionamento de agências com uso de ventiladores, quando acontecem problemas com o ar condicionado. O receio é de que o calor aumente o perigo de proliferação do coronavírus e coloque os bancários ainda em mais riscos desnecessariamente.

O presidente da Feebbase reforçou ainda a necessidade dos bancos darem sua contribuição no enfrentamento à pandemia. “Os empresários dizem que precisam trabalhar, pois não conseguem crédito ou estão sendo pressionados a pagar os empréstimos tomados. A Federação defende que a questão do empréstimo é muito importante. Não dá para cobrar do micro e pequeno empresário o empréstimo agora. Isso deve ser para depois da pandemia”, disse.

Haverá uma nova reunião na próxima semana, quando a Fenaban prometeu respostas sobre as questões apresentadas pelo Comando.

A presidenta do Sindicato de Sergipe, Ivânia Pereira, e o presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos, também participaram da reunião com a Fenaban.

Fonte: FEEB BA/SE