O adoecimento da categoria foi o destaque da rodada extra de negociação da Campanha Nacional 2015, realizada na tarde desta terça-feira (15), em São Paulo, entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban. A reunião foi marcada, por reivindicação dos representantes dos trabalhadores, para continuar o debater sobre causas dos adoecimentos dos bancários, assédio moral, fim das metas abusivas e programa de retorno ao trabalho.
Os bancos admitiram o aumento de doenças entre os trabalhadores, baseados nos números fornecidos por eles no Grupo de Trabalho (GT) bipartite de causas do adoecimento. "Nunca antes na história deste Comando ouvimos todos os bancos admitirem que existem estes problemas nos locais de trabalho e que precisamos resolver juntos", destacou Roberto von der Osten, presidente da Contraf e um dos coordenadores do Comando Nacional.
O Comando Nacional reivindica a definição de uma política de prevenção de adoecimentos conjunta, com diretrizes e princípios que serão especificadas banco a banco posteriormente. Além do acompanhamento das comissões de trabalhadores em todos os bancos.
"O fato de reconhecer a questão é o ponto de partida para enfrentá-la", analisa o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, presente nas discussões. "Esperamos agora que seja apresentada uma proposta que venha a contribuir para tratarmos do assunto com efetividade", ressaltou.
Walcir Previtale, secretário de Saúde da Contraf, também analisou positivamente a negociação. "Acho que abre uma grande oportunidade para o Comando Nacional dos Bancários poderem atuar contra o assédio moral", completou.
A expectativa é de que depois de reconhecer o problema, os bancos finalmente apresentem propostas concretas sobre o assunto durante a campanha salarial. Enquanto isso não acontece, o Comando Nacional e a Fenaban voltam a se reunir nesta quarta-feira (16), às 10h, para debater remuneração.
Fonte: Contraf com FEEB BA/SE