No primeiro trimestre do ano, 14,8 milhões de trabalhadores ficaram sem ocupação no Brasil, o que representa uma taxa de desemprego de 14,7%. De acordo com o IBGE, esta é a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgada nesta quinta-feira (27/5).
Na comparação com o quarto trimestre de 2020, o resultado representa uma alta de 6,3% (ou de mais 880 mil pessoas) na fila por emprego. Houve alta também em relação ao levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em fevereiro. Naquela ocasião, a taxa de desemprego estava em 14,4%, atingindo 14,4 milhões de brasileiros – número recorde até então.
Como o IBGE só considera como desempregado o trabalhador que efetivamente procurou emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa, o número de pessoas sem ocupação nenhuma também cresceu. A população desalentada (que desistiu de procurar vagas no mercado de trabalho) também atingiu patamar recorde, reunindo 6 milhões de pessoas (5,6%). Ou seja, a taxa de desemprego só não é ainda maior porque muitos brasileiros desistiram de procurar uma ocupação. O avanço ante o mesmo período de 2020 foi de 25,1%.
O subemprego também cresceu e chegou a 33,2 milhões, indo a 29,7%, contra 28,7% no trimestre anterior. Há um ano, estava em 24,4%. Para o IBGE, o grupo dos trabalhadores subutilizados reúne os desempregados, os desalentados, aqueles que estão subocupados (trabalham menos de 40 horas semanais) e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos.
Fonte: FEEB BA/SE