Depois de cinco encontros ouvindo não, os bancários depositam todas as suas expectativas de avanços na rodada de negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban, que acontece na próxima sexta-feira (25/9), em São Paulo. Depois de tanta demora, a categoria espera que os bancos apresentem uma proposta concreta à pauta de reivindicações, entregue no mês passado.

Além do reajuste salarial de 16%, que inclui a reposição da inflação mais 5,7% de aumento real, os bancários reivindicam participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa de R$7.246,82; 14º salário; piso salaria equivalente ao salário mínimo indicado pelo Dieese, que hoje é de R$3.299,66; aumento no valor dos vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá para R$788,00 ao mês cada; garantia de emprego, fim da pressão por metas e do assédio moral, dentre outras questões importantes.

A crise econômica não pode ser usada pelos bancos para negar as demandas da categoria, uma vez que os cinco maiores bancos que operam no país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$36,3 bilhões apenas no primeiro semestre de 2015, o que representa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.  

Os bancos vão tentar negar direitos aos trabalhadores,  que devem continuar mobilizados para ampliar conquistas e vencer a intransigência dos banqueiros.