Em reunião da mesa de negociação específica nesta quinta-feira (12/8), a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a direção do Itaú debateram emprego, remuneração e banco de horas negativas. Foram iniciadas ainda as negociações sobre o retorno dos bancários que estão em home office ao trabalho presencial.

A COE cobrou do banco o fim das demissões, mais transparência na implementação do programa GERA e a negociação de pontos específicos dele, como as horas devedoras dos trabalhadores do grupo de risco.

Os representantes do Itaú apresentaram o número de trabalhadores que ainda estão devendo horas devido ao afastamento durante a pandemia. Em dezembro de 2020, o total era de 5.962 funcionários. Mas, em junho de 2021, houve uma redução de 34% totalizando, 3.911 trabalhadores.

A COE considerou a diminuição positiva, mas cobrou medidas para que todos os trabalhadores possam fazer a compensação das horas sem serem prejudicados. Reivindicou também a revisão do prazo final para compensação destas horas e reforçou a importância do Itaú buscar alternativas para que estes bancários possam cumprir suas tarefas no home office.

Demissões

Na reunião, o Itaú apresentou também o número de desligamentos e admissão desde o ano de 2019. Em 2021, por exemplo, são 6.908 admitidos e 3.640 desligados, perfazendo um saldo positivo de 3.268 postos de trabalho. Apesar do saldo positivo desse ano, a COE pediu a suspensão das demissões levando em consideração a pandemia e a crise que o país se encontra.

“Mais uma vez, cobramos do Itaú o imediato retorno da Central de Realocação, o banco precisa suspender imediatamente as demissões, são milhares de colegas que perderam seus postos de trabalho em plena pandemia. É um grande absurdo o banco aumentar os lucros cortando os empregos de tantos trabalhadores”, destacou Andréia Sabino, membro da COE Itaú e diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.

Os representantes dos sindicatos ainda entregarão ao Itaú um documento com todas as reivindicações dos funcionários, definidas no Encontro Nacional dos Bancários do Itaú, realizado na semana passada, quando foram debatidos os temas de emprego, remuneração, saúde e previdência.

Outro ponto debatido na reunião entre o banco e a COE foi a preocupação com o retorno ao trabalho presencial dos bancários a partir de setembro. O Itaú disse que o retorno ocorrerá de uma maneira voluntária e seguindo todos os protocolos vigentes na lei, ressaltou que para que tudo dê certo, quer debater com os sindicatos como será este retorno.

Os dirigentes sindicais falaram mais uma vez da preocupação com os bancários que não quiserem se vacinar, além do retorno das gestantes, do grupo de risco e o seguimento e fiscalização dos protocolos.

Fonte: FEEB BA/SE