A Caixa anunciou o lucro líquido de R$ 10,8 bilhões, no 1º semestre de 2021, com crescimento de 93,4% em relação ao mesmo período em 2020. O resultado foi impulsionado pela venda de ações da Caixa Seguridade (R$ 3,3 bilhões) e do Banco Pan (R$ 1,9 bilhão). O lucro do banco, desconsiderando esses eventos, foi de R$ 6,3 bilhões.

Segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (19/8), a rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 19,01% com redução de 2,47 pontos percentuais.

A Carteira de Crédito Ampliada da Caixa teve alta de 13,4% em doze meses, totalizando R$ 816,2 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 18,5%, totalizando R$ 96,6 bilhões no período. No segmento de pessoas jurídicas, o crescimento foi de 61,1% em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 73,6 bilhões, principalmente nas linhas para micro e pequenas empresas, destacando o PRONAMPE, que desde o início do programa já contratou R$ 16,4 bilhões.

O índice de inadimplência da Caixa, considerando atrasos acima de 90 dias, piorou e chegou a 2,46% no segundo trimestre contra 2,04% no primeiro. As provisões para perdas associadas ao risco de crédito tiveram acréscimo de 6,27% no período, totalizando R$ 5,1 bilhões.

As receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias cresceram 3,2% em doze meses, totalizando R$ 11,5 bilhões no primeiro semestre de 2021. Já as despesas de pessoal, considerando-se a PLR, cresceram 8,36% em doze meses, totalizando R$ 12,3 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 98,98% no semestre.

Apesar dos excelentes resultados, o governo federal continua com a política de vender as partes mais lucrativas do banco, que é fundamental para o atendimento da população mais vulnerável do país.

Empregados

A Caixa encerrou o 1º semestre de 2021 com 84.262 empregados, com fechamento de 58 postos de trabalho em doze meses. Após pressão das entidades, em julho de 2021, a Caixa anunciou a ampliação do número de empregados e terceirizados. Segundo o banco, seriam 10 mil novos colaboradores, sendo 4 mil empregados Caixa, 5,2 mil estagiários e adolescentes aprendizes, e cerca de 800 recepcionistas e vigilantes.

Na portaria publicada hoje pelo Ministério da Economia, a autorização é de contratação de apenas cerca de 3.300 trabalhadores, o que difere muito do anunciado anteriormente.

Fonte: FEEB BA/SE