O aumento dos casos de covid-19 e influenza nos bancos vem assustando a categoria. Em todo o país, centenas de agências têm sido fechadas diariamente para desinfecção. A situação não é diferente na Caixa, onde o afastamento dos trabalhadores infectados, tem aumentado ainda mais a sobrecarga dos empregados que seguem desenvolvendo as atividades em agências e departamentos do banco.

Para piorar a situação, a direção da Caixa continua cobrando metas absurdas deste pessoal, como se nada estivesse acontecendo. Esta é mais uma prova de insensibilidade dos gestores da empresa.

Em relatos, publicados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), empregados de várias regiões do país falam das dificuldades enfrentadas no banco e no clima de medo no ambiente de trabalho.

O empregado J.L., que preferiu não se identificar, contou que sua agência passou por uma desinfecção recente, após uma colega testar positivo. Segundo ele, outras 18 agências próximas à dele foram fechadas por conta do alto número de empregados infectados pela Covid-19. “Agora estamos atendendo só o essencial porque não tem empregado suficiente”. Ainda segundo J.L., há pressão para que todos cumpram as metas, o prejudica muito o trabalho.

J. L. conta ainda que o ambiente das agências piora a situação, uma vez que não tem ventilação e há circulação de muitas pessoas. Para ele, a Caixa precisa reforçar os protocolos de prevenção e refazer os testes de Covid-19 para todos os empregados, como feito anteriormente. “Além disso, precisamos de mais contratações. Sem dúvidas”, reforçou.

A questão da falta de pessoal é muito séria na Caixa. As entidades representativas da categoria seguem cobrando a contratação de mais empregados para realizar o trabalho no banco, que presta serviços essenciais para a população, como o pagamento do FGTS, PIS, Auxílio Brasil e todos os demais benefícios sociais. A sobrecarga dos bancários já era uma realidade, mas piorou muito com a nova gestão do banco e os casos de covid-19.

Fonte: FEEB BA/SE