Na Bahia e Sergipe, os bancários entraram no terceiro dia de greve com mais força, fechando 1.023 agências. A categoria reivindica reajuste salarial de 16% (incluindo 5,7% de aumento real), porém a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece proposta de 5,5%, que não repõe nem a inflação do período.

Na base do Sindicato da Bahia, permanecem fechadas 454 agências; em Vitória da Conquista são 74; Feira de Santana, 34; Ilhéus, 28; Irecê, 41; Jacobina, 35; Jequié, 30; Itabuna, 37; Camaçari, 23; Barreiras, 52; Juazeiro, 31; e no Extremo Sul, 52. Já em Sergipe, estão sem funcionar 132 unidades bancárias.

A greve iniciou na última terça-feira (06) e segue por tempo indeterminado. Até o momento a Fenaban não chamou os bancários para nova negociação. Veja abaixo as principais reivindicações da categoria:

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).