A greve nacional dos bancários fechou a primeira semana com um crescimento na adesão dos trabalhadores do ramo financeiro de todo o Brasil. Na sexta-feira (09), as mobilizações foram ampliadas nos centros administrativos, onde há concentração de maior número de funcionários. No total, 10.818 locais de trabalho paralisaram suas atividades.

Para se ter uma ideia, apenas na capital paulista, mais de 52 mil trabalhadores de 700 locais de trabalho, sendo 23 centros administrativos e 677 agências, cruzaram os braços a fim de pressionar por uma proposta digna dos bancos.

Já são 957 agências fechadas no estado da Bahia e 133 em Sergipe, somando um total de 1.090 locais de trabalho parados nos dois estados.

Sem uma proposta decente, que contemple reposição da inflação e aumento real, a greve segue forte nos 26 Estados da Federação e no Distrito Federal, com adesões das agências e centros administrativos de todo o País.

Juros e lucros exorbitantes

Os bancos são os principais responsáveis pela greve. É um setor que tem todas as condições de contemplar seus trabalhadores com um reajuste digno, visto que lucrou R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano.

Segundo a pesquisa feita pela Fundação Procon, os juros do cheque especial atingiram em outubro média de 12,28% ao mês, a maior desde setembro de 1995. No mês anterior, a média estava em 11,9% a.m.