As fake news têm se mostrado uma “praga” que assola não apenas o Brasil, mas todo o mundo. O estudo do Instituto Locomotiva expõe esta realidade, já que 90% da população dizem ter acreditado em notícias falsas em algum momento.
Em relação ao conteúdo das notícias falsas que acreditaram, 64% era sobre venda de produtos, 63% diziam respeito a propostas em campanhas eleitorais, 62% tratavam de políticas públicas, como vacinação, e 62% falavam de escândalos envolvendo políticos. Há ainda 57% que afirmaram que acreditaram em conteúdos mentirosos sobre economia e 51% em notícias falsas envolvendo segurança pública e sistema penitenciário.
É uma estratégia perigosa nas mãos daqueles que buscam manipular a opinião pública em prol de interesses próprios. É preocupante observar que as fake news têm sido uma arma central na ascensão de figuras políticas, como Jair Bolsonaro.
A disseminação de desinformação durante as campanhas eleitorais, como revelado pela pesquisa, é apenas uma das formas como a extrema direita tem se aproveitado deste fenômeno para alcançar objetivos políticos.
A eleição de maus políticos traz maior risco para 26% da população, enquanto 22% acreditam que o grande perigo é atingir a reputação de alguém e 16% avaliam como problema mais grave a possibilidade de causar medo na população em relação a própria segurança. Há ainda 12% que veem como maior risco prejudicar os cuidados com a saúde.
Ao explorar os dados, fica claro que a desinformação não é apenas um problema de credulidade individual, mas sim uma ameaça sistêmica à saúde da democracia brasileira. A fake news não apenas distorcem a realidade, mas também alimentam o medo, a divisão e o ódio na sociedade.
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