Para os bancos, uma forma de garantir a receita gorda é explorar a clientela, com taxas e tarifas exorbitantes. Em março, os juros cobrados nas operações com cartão de crédito rotativo subiram 9,4 pontos percentuais e chegaram a 421,3% ao ano. Os dados são do Banco Central.
De acordo com o BC, apesar do limite de 100% dos juros rotativos, previsto na lei do Programa Desenrola Brasil sancionado em outubro passado, a medida não afetou ainda a taxa pactuada no momento da concessão do crédito. Ou seja, não houve em março de 2024 impacto da norma, importante para conter a usura do sistema financeiro.
A inadimplência da carteira de crédito total do sistema financeiro se manteve estável em 12 meses e em março houve recuo de 0,1 ponto percentual. A taxa ficou em 3,2% no mês.
Os números reforçam que a taxa básica de juros, a Selic, precisa cair mais – hoje está em 10,75% ao ano. Espaço tem, o que falta é vontade do Copom (Comitê de Política Monetária). Um patamar tão alto impacta no crescimento do país, torna mais caro os custos do crédito e aumenta os gastos do governo com a dívida pública.
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