Enquanto uma pequena parcela privilegiada da população desfruta de riquezas e conforto, outra parte luta diariamente para garantir as necessidades básicas. a disparidade se reflete desde a distribuição de renda até o acesso a serviços essenciais, como saúde, educação e moradia.


Pesquisa do Instituto Pólis escancara uma crua realidade: 36% das famílias brasileiras direcionam metade ou mais da renda para pagar contas de luz e gás, deixando muitos em uma encruzilhada financeira.


Entre os que ganham até um salário mínimo, 30% são forçados a escolher entre comprar alimentos básicos ou quitar a energia elétrica. De cada 10 famílias vulneráveis, seis relatam ter contas de luz atrasadas, uma espiral de endividamento.


O estudo mostra uma correlação entre raça e inadimplência - 68% das pessoas negras têm contas de luz em atraso. Entre os brancos são 31%. No Norte e Nordeste, onde as tarifas mais elevadas, a situação é crítica: 53% e 45% dos moradores, respectivamente, comprometem mais da metade da renda com a luz.


A realidade comprova que a riqueza não é distribuída de forma equitativa no Brasil e deixa milhões à margem do desenvolvimento econômico e social.

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