Medida desrespeita CCT da categoria que determina que período não compensado tem de ser anistiado
Os Sindicatos já estão cobrando que a Diretoria de Pessoas (Dipes) do Banco do Brasil corrija o comunicado interno enviado aos funcionários no qual informa erroneamente que o período de greve não compensado será descontado.
O documento foi divulgado pelo BB na sexta-feira 6 e seu teor desrespeita a cláusula 56º da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que determina: “Os dias não trabalhados entre 6 de outubro de 2015 e 26 de outubro de 2015, por motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com a prestação de jornada suplementar de trabalho, limitada a 1 hora diária, no período compreendido entre a data da assinatura desta Convenção Coletiva de Trabalho [3 de novembro] até 15 de dezembro de 2015.”
"É fundamental destacar que que a compensação de horas da greve foi um dos principais temas de discussão entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos na Campanha 2015. Foram necessários dois dias de debate para dirimir o impasse. O comunicado equivocado é um claro desrespeito ao funcionalismo. Exigimos que a informação seja corrigida imediatamente", reclama Carlos Alberto Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários de Irecê e Região e funcionário do BB.
O dirigente esclarece ainda que as bases sindicais que permaneceram em greve até 27 de outubro têm de compensar esse dia a mais de paralisação entre 16 de dezembro a 29 de janeiro. Se isso não ocorrer apenas esse dia será descontado.
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Da Redação com SPBancários
Medida desrespeita CCT da categoria que determina que período não compensado tem de ser anistiado
O documento foi divulgado pelo BB na sexta-feira 6 e seu teor desrespeita a cláusula 56º da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que determina: “Os dias não trabalhados entre 6 de outubro de 2015 e 26 de outubro de 2015, por motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com a prestação de jornada suplementar de trabalho, limitada a 1 hora diária, no período compreendido entre a data da assinatura desta Convenção Coletiva de Trabalho [3 de novembro] até 15 de dezembro de 2015.”
João Fukunaga, diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, destaca que a compensação de horas da greve foi um dos principais temas de discussão entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos na Campanha 2015. “Foram dois dias de debate até chegar a esse entendimento. Ou seja, é inadmissível que a direção da Dipes atropele tudo e queira impor represálias a quem lutou legitimamente na defesa de seus direitos”, critica o dirigente sindical. “Se houver qualquer tipo de desconto em relação aos dias da greve, realizaremos manifestações e levaremos esse desrespeito à Justiça.”
O dirigente esclarece ainda que as bases sindicais que permaneceram em greve até 27 de outubro têm de compensar esse dia a mais de paralisação entre 16 de dezembro a 29 de janeiro. Se isso não ocorrer apenas esse dia será descontado. “Fato que não se aplica aos bancários de São Paulo, Osasco e região, que encerraram a greve em 26 de outubro. Por isso é importante sempre manter a coesão do movimento. É importante que os trabalhadores, em assembleia, tenham a maturidade tanto para iniciá-lo quanto para encerrá-lo.”