Entre janeiro e outubro deste ano, os incêndios florestais consumiram 67 mil quilômetros quadrados da Floresta Amazônica. O número choca e é 10 vezes superior à taxa oficial de desmatamento de 6,3 mil quilômetros quadrados, conforme dados de satélites captados entre julho de 2023 e agosto de 2024.


A informação presente no levantamento Monitor do Fogo, projeto do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), que faz parte da rede Mapbiomas, revela que o total queimado equivale a 6,7 milhões de estádios de futebol.


Além de fortalecer a fiscalização e o monitoramento nas áreas de risco, o governo brasileiro precisa adotar estratégias para enfrentar as mudanças climáticas – muitas, inclusive, resultado da ação humana. Os episódios de seca intensa em 2023 e 2024 afetaram significativamente a floresta, que, com menos folhas e água, ficou mais vulnerável ao fogo.


É válido lembrar, no entanto, que após os anos de negligência com as questões ambientais, em função do projeto ultraliberal de Temer e, sobretudo, Bolsonaro, a vitória da democracia social nas urnas em 2022 foi responsável pela redução do desmatamento na Amazônia no último ano. A queda foi de 22,3% em 2023, o índice mais baixo desde 2019. Além disto, a área sob alertas de desmatamento em agosto de 2024 foi a menor em seis anos.

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