A imensa desigualdade entre ricos, pobres e a classe média do Brasil, amplamente denunciada pelo Sindicato dos Bancários da Bahia há anos, é reafirmada agora por levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Além disto, menciona como é preciso reverter este quadro, com os mais endinheirados pagando mais impostos.
O documento "Reforma do Imposto de Renda: um passo para a justiça tributária", aborda a proposta de reforma do imposto de renda no Brasil. Os ricos pagam menos impostos proporcionalmente por conta de fatores como a isenção de dividendos, a alta tributação sobre consumo e a elisão fiscal (uso de paraísos fiscais e brechas legais).
No país, enquanto os 50% mais pobres se apropriam de apenas 14,40% da riqueza produzida no Brasil, o percentual sobe para 51,50% entre os 10% mais ricos. Este mesmo grupo respondeu por 41,6% do total de deduções em 2022. Os 5% mais ricos por 26,6% e o 1% mais rico por 8,25%.
O Brasil é um verdadeiro paraíso para os mais abastados. É o país com mais milionários na América Latina (433 mil) e o mais desigual, segundo o relatório global de riqueza de 2005. Por isto, é positiva a iniciativa do governo para equilibrar a balança fiscal.
Um trabalhador que hoje ganha R$ 5 mil contribui financeiramente com o Estado brasileiro em 9,57% da sua renda, os ricaços não contribuem nem sequer com 2,5%. A contradição é gritante.
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