O ano de 2016 nem começou e o Itaú já prevê dificuldades. No entanto, números do próprio banco, o maior em atividade no país, mostram outra tendência. Entre janeiro e setembro, o lucro passou dos R$ 18 bilhões. Um recorde que desmonta a previsão apocalíptica.
Na verdade, a empresa usa como desculpa o agravamento da crise do capitalismo no mundo para continuar com a política de demissões. Desde o início do ano, 8.529 bancários foram desligados e 5.939 admitidos. Déficit de 2.590.
Apesar do saldo negativo, a direção do banco alegou, durante reunião ocorrida nesta quarta-feira (16/12), que o que ocorre é natural. O secretário geral da Federação da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, denunciou o número elevado de desligamentos de gerentes gerais comerciais na base da Feeb.
A organização financeira apresentou ainda o número de agências fechadas neste ano, 142. O dado revela uma tendência. O Itaú tem investido nas agências digitais, embora a concentração ainda seja em São Paulo, para reduzir os custos e transferir para o cliente a responsabilidade de uma transação.
O alto índice de trabalhadores afastados com transtornos mentais também foi destaque, assim como as arbitrariedades cometidas pelo Superintendente da área comercial na Bahia.
Além do emprego, o encontro tratou sobre o plano de saúde. O banco implementou de forma unilateral um novo modelo de custeio para os novos funcionários. A medida causou surpresa e foi rejeitada pelos sindicatos. O assunto será debatida de forma mais aprofundada posteriormente.